Se é certo que temos de apertar o cinto e fazer um esforço para sair por cima desta crise, é certo também que o exemplo deve vir do governo, com cortes em custos e despesas estatais desnecessárias, no entanto, só somos presenteados com notícias de mais gastos, de corrupção, de cartões de crédito, de renovações de frotas automóveis e de salários absurdos. Se o Estado desse o exemplo, certamente fariamos frente a esta crise com outra vontade, mas não, continuamos com o: “apertem o cinto que nós não!”. Isto porque hoje comprei a Visão e vem uma reportagem sobre o Palácio de Belém, residência do nosso Presidente da República, que quero aqui partilhar. Fiquei obviamente chocado com a informação dos custos e dos encargos deste “sítio”. Estão prontos? Aqui vai: sabiam que trabalham diariamente cerca de 450 pessoas neste local?!?!? Aposto que se vos fizessem a pergunta, quantas pessoas trabalham no Palácio, a maioria diria 50, 100 pessoas, agora quase meio milhar de pessoas? Num palácio! FDX! Outra, quantos carros tem o palácio?....pensem 1º antes de ler a resposta....vá, tentem outra vez....aqui vai: 58! Sim, vou escrever por extenso para não pensarem que escrevi mal: cinquenta e oito carros! Como é que se justifica esta merda? O jardineiro também tem carro à nossa pala?!?! Será que o mordomo tem um BMW? Melhor ainda, será que a empregada vai ao pão num Audi A6 preto, à prova de bala, com motorista incluído? Vou ficar por aqui, embora me sinta inspirado, vou beber uns copos... Comprem a revista e leiam a reportagem que tem mais alguns pormenores interessantes sobre a vida no Palácio de Belém. Por isso digo sim ao apertar do cinto, digo sim ao baixar dos salários, digo sim ao aumento do preço de tudo, porquê? Porque o estado dá o exemplo!
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